Le Entrevista com Marg Martins por Rafa (Le Cool Team)


Fala-me de ti e não me omitas nada.

Começas bem e vais direto ao assunto, quase tão frontal como eu! Digo-te que me envolvo e defendo os projetos em que participo como se fossem uma segunda pele, se apareceram, foi por algum motivo. Gosto de ajudar os outros e já fui voluntária numa instituição, mas o ambiente é a minha causa atual: desde plantar árvores, a ensinar a reciclar, participar em ações ambientais como o Clean Up The World, ou plantar árvores com o projeto oxigénio da Cascais Natura . O importante é fazer algo, por mais pequeno que seja o teu gesto, já fez a diferença e o impacto, embora pequeno, aconteceu. A bola de neve também é pouco maior que a tua mão, no entanto pode provocar uma enorme avalanche.
Além da tua brilhante prestação na Le Cool, que outras andanças me contas?

Digo-te que até 2006 a minha vidinha era casa-trabalho e vice versa, de repente acabou-se, e, quando pensamos que está tudo certo, a vida dá voltas, com as quais não contamos, mas o ser humano tem a fabulosa capacidade de se adaptar, de conseguir contornar as situações mais adversas, crescer com as mesmas e tornar-se uma pessoa melhor, pelo menos mais fortalecida até ao próximo trambolhão, claro.



Enviei milhares de Cvs, que deram em nada e ao bom jeito "tuga" comecei a puxar pela imaginação e a desenvolver capacidades que não imaginava ter, ou mesmo a dar asas a projetos há muito guardados na gaveta, incluindo a tentativa de publicar um livro, como é difícil,  vou continuar a tentar. Entretanto vou praticando na Le Cool, ou no meu blog, no qual dou a conhecer alguns lugares do nosso Portugal.

Já percebi também que és a segunda maior fã de Lisboa - o primeiro sou eu, claro. Como te aconteceu isto? É como ser de um clube, os teus pais ofereceram-te um cartão de sócio de Lisboa no berço?

Apesar de morar em Oeiras nasci em Lisboa e digo-te que não há cidade como a nossa: a luz alaranjada do pôr do sol banhando as muralhas do castelo, o Tejo espelhando os monumentos que dele se abeiram com imponência, as estátuas que parecem posar para os turistas. E depois há o verde exuberante dos jardins, os botânicos, os citadinos e os exóticos. Lisboa é tudo isto, mas é também melancólica, quando te sussurra um fado em cada esquina e te surpreende com um sorriso, recebendo-te de braços abertos em cada esplanada.

Sugere-me aí um destino paradisíaco dentro de Lisboa. E um que ninguém mais saberá, mas que deixa de ser segredo a partir do momento em que o partilhes.

Então terás de adivinhar, segue as pistas e pode ser que te encontre por lá. A rua em que fica tem nome de escola, partilha o espaço com dois museus, é certo que dali vês as estrelas, mas também as podes ver em pormenor lá dentro. Há árvores centenárias, flores e algo que não encontrarás igual em todo o Portugal, lá habitam seres fantásticos, capazes de uma metamorfose que os deixa lindos. Se fechares os olhos, não ouvirás carros, mas sim o canto das aves, queres maior paraíso que este?

Se não estivesses a responder a isto, estarias a correr a Le Cool, não era?

Estaria a escrever para a Le Cool, porque ler esta agenda (que é única na forma como interpreta cada evento), é a primeira coisa que faço à 5ªf.

Agora, imagina. Hoje queres que seja o teu dia perfeito nesta cidade - traça-me lá em linhas gerais o que farias.

Andaria pelos bairros lisboetas a perder-me pelas ruelas estreitas, a entrar em lojas que não se encontram em mais lado nenhum, a tirar fotos a azulejos, street art e a pormenores que nem te passa pela cabeça, mas também a descobrir tasquinhas e a visitar espaços típicos de uma Lisboa que além de citadina sabe conservar um bairrismo muito característico e que não encontrarás em outras cidades.

_
Ligações
http://passeiosdamarg.blogspot.pt
http://www.flickr.com/photos/margmartins

Sem comentários:

Enviar um comentário